quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Património e Memória: Convento de Cristo Tomar

Eu escolhi como património o convento de Cristo em Tomar, pois é um lugar especial que está inserido num grande leque de monumentos de grande engenho que faz parte da nossa nação, pois entra no enredo das histórias passadas na cidade de Tomar.
O convento é um monumento histórico situado na cidade de Tomar (freguesia de S.João Baptista), classificado pela Unesco como Património Mundial, e que pertenceu à Ordem dos Templários. Fundado em 1162 pelo Grão-Mestre dos Templários, D. Gualdim Pais, o Convento de Cristo ainda conserva recordações desses monges cavaleiros e dos herdeiros do seu cargo, a Ordem de Cristo, os quais fizeram deste edifício a sua sede. Sob Infante D. Henrique o Navegador, Mestre da ordem desde 1418, foram construídos claustros entre a Charola e a fortaleza dos Templários, mas as maiores modificações verificam-se no reinado de D. João III (1521-1557).
Arquitectos como João de Castilho e Diogo de Arruda procuraram exprimir o poder da Ordem construindo a igreja e os claustros com ricos floreados manuelinos que atingiram o máximo esplendor na janela da fachada ocidental.
Trata-se de uma construção periurbana, implantada no alto de uma elevação sobranceira à planície onde se estende a cidade.
O convento está circundado pelas muralhas do Castelo de Tomar, e circundada por domínios conventuais numa área de floresta e cultivo conhecida por Mata dos Sete Montes, por estar limitada por sete colinas.
Actualmente é um espaço cultural, turístico e ainda devocional.
A arquitectura partilha traços românicos, góticos, manuelinos, maneiristas e barrocos, que faziam parte dos tempos passados.
A janela do capítulo é o representante máximo da arte manuelina em Portugal, na qual se encontram diversos motivos relacionados com os Descobrimentos e com a Historia de Portugal.
Na decoração da Janela incluem-se motivos que demonstram o contacto ultramarino, elementos vegetalistas, elementos alusivos ao mar, onde predomina um forte sentido épico.
A Janela e toda a sua composição assentam sobre uma figura barbada, esculpida rudemente na pedra.
A célebre janela do capítulo ficou assim conhecida por iluminar uma sala que foi construída para servir de sacristia mas que acabou por ser palco das cortes gerais convocadas por Filipe I de Portugal.
O convento transparece paz, sossego e força, pois a presença de Cristo torna muito forte todo o envolvimento em que estamos inseridos.
A primeira vez que me dirigi ao convento de Cristo, foi numa visita organizada pelo clube de jovens, que frequentava na altura, com cerca de onze anos.
Quando cheguei à cidade de Tomar, fiquei logo radiante, pois da estação do comboio, que foi o meio de transporte que apanhei, dava para ver o Castelo bem lá no alto, parecia até que ia cair. Era enorme visto de onde eu estava, com muitas árvores ao seu redor.
A caminho, a monitora que acompanhava o grupo deixou-nos passear um pouco pela cidade de Tomar, para dar a conhecer a sua história, pois havia colegas que nunca tinham ido a Tomar.
Passámos no jardim de Tomar, onde podíamos observar o rio Nabão, que tínhamos dado como matéria na escola e que demonstrou logo interesse no grupo, pois só tínhamos visto fotografias e tínhamos lido histórias sobre ele, assim como o jardim dos Templários que sobrepunha o rio.
Na chegada ao convento que ficava no alto de Tomar fiquei maravilhado com a sua dimensão, sentia-me bem no meio de tanta espiritualidade e tranquilidade, pois como vivia na cidade, um sítio barulhento, com muito stress, com todos sempre a correr, ali sentia-me em sossego, longe de toda a confusão que estava habituado.
Os jardins do convento eram enormes, só queria brincar e desfrutar do momento que era tão pequeno. Durante a visita de estudo podia gritar, saltar, correr, sentia-me livre no meio da imensa Natureza, até comer fruta das árvores que estavam dentro do convento me sabia bem, pois parecia que tinha outro sabor.
Achei estranho que um espaço tão grande não tivesse quase nada que ver, pois era vazio e longínquo, parecia não ter fim.
Mas aos poucos ia percebendo porque tudo tinha a sua maneira de ser e porque para mim o que não tinha nada para ver, parecia nu e no final era bem rico, pois é um monumento que tem histórias passadas que fazem parte do desenvolvimento de Portugal.
Achei muito engraçado a forma da sua construção, pois era tudo tão diferente daquilo a que eu estava habituado.
A ironia do destino veio bater à minha porta, pois foi junto do monumento que me marcou tanto que agora os meus pais adquiriram uma casa, nos arredores da cidade de Tomar, pelo que eu fico com o grande privilégio de poder ir ao convento sempre que me apetecer, pois é um local que ainda gosto de ir, pois transparece tranquilidade e bem-estar.
Normalmente há grandes aglomerados de famílias que se juntam para irem passear na zona, pois é um sítio com muito espaço e que as crianças principalmente se sentem bem, pois podem brincar e estar á vontade, sem carros e sem qualquer perigo que seja normal acontecer, pois eu imagino que elas se sintam como eu me senti quando tinha 11 anos.
Contudo aconselho a todos que possam e que tenham oportunidade de não desperdiçarem uma visita ao belo convento.

O reconhecimento pela UNESCO, em 1983, do valor excepcional de todo o conjunto, motivou a sua classificação como Património da Humanidade reforçando, assim, a vocação universal deste lugar excepcional.

A igreja do convento de Cristo, o Mosteiro dos Jerónimos e o Mosteiro da Batalha, são os principais monumentos representativos da arte que se fazia em Portugal entre os anos 1500 e 1520, quando Portugal era a nação mais poderosa do mundo. 

 

Fonte da pesquisa, AQUI

 

 

 





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